17junho
I – Ver e escutar o que existe, ao invés do que deveria existir, ter existido ou acontecer.
Essa primeira liberdade, destacada por Virginia Satir, nos fala sobre aceitação. Aceitar a realidade tal como ela se apresenta pode ser uma experiência transformadora. Nesse ponto, é importante entender que aceitação não é se conformar ou gostar do que ocorre, mas compreender que se martirizar pode te colocar em um lugar mais difícil e paralisante. Isso quer dizer que quando aceitamos o que existe, podemos modificar o que existe.
II – Ousar dizer o que estamos sentindo e o que pensamos.
Lembre-se de uma situação em que conseguiu dizer exatamente o que sentia e pensava para uma pessoa. Caso não seja uma tarefa simples dizer ao outro a verdade que está te habitando, provavelmente diversos afetos chegam em seu corpo em momentos como esse. Talvez, possa experimentar alguma ansiedade, medo, vergonha. Mas, e depois? A sensação geralmente é aliviante e libertadora. Quando nos desprendemos do que nos disseram que era inadequado sentir ou dizer, podemos nos aproximar de quem somos com honestidade.
III – Se permitir sentir o que se está sentindo.
Sabe quando experimentamos o desconforto que alguns sentimentos nos trazem? A tendência pode ser se afastar, lutar contra e abafar as emoções difíceis de vivenciar. Mas, olha só, o bichinho do desconforto pode crescer ainda mais quando o evitamos, ocupando um espaço enorme no nosso tempo e energia. Quando acolhemos o que estamos sentindo e damos passagem para esse sentir, algo acontece, transformando os afetos e abrindo espaço para movimentos mais amplos.
IV – Pedir abertamente o que se quer.
É fundamental entendermos que as pessoas com quem nos relacionamos não podem adivinhar o que queremos delas. Sim, “o óbvio precisa ser dito”. A comunicação é um dos principais elementos para um bom relacionamento. Além disso, não podemos esquecer: é igualmente importante que cada pessoa aprenda a pedir o que quer para si mesma, também. Escutar, reconhecer e atender as próprias necessidades, são passos essenciais para uma vida fluida e saudável.
V – Assumir riscos em seu próprio nome, ao invés de buscar somente a segurança e o imobilismo.
O desconhecido assusta e traz ansiedade, sabemos. Ao mesmo tempo, nos convoca a mudanças, ebulições internas e movimento. Por isso, quando ousamos assumir riscos, nos responsabilizando, podemos acessar lugares de muito crescimento e ganhos. A vida acontece.
"Não tenho ensinamentos a transmitir. Tomo aquele que me ouve pela mão e o levo até a janela. Abro-a e aponto para fora. Não tenho ensinamento algum, mas conduzo um diálogo." | Martin Buber